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No caminho da Aventura e Ficção
Uma revista que marcou os quadrinhos adultos publicados no Brasil
Era novembro de 1986, quando a Editora Abril surpreendeu os leitores de quadrinhos mais exigentes - seja pelo gosto ou pela maturidade - com o lançamento de uma ótima revista mix de quadrinhos: Aventura e Ficção.
Não fosse a maldição que confere vida curta a esse tipo de publicação no Brasil, e quem sabe ela ainda estivesse por ai. É um problema que vem de longa data, vide Gibi, Grilo, Eureka e Animal, alguns exemplos desta triste realidade.
Um conteúdo de qualidade não é fator preponderante para a longevidade de revistas em quadrinhos, e vendas abaixo do esperado encerraram todos estes títulos.
Mas, com relativo sucesso, Aventura e Ficção trouxe boas - quando não ótimas - HQs para nossas bancas, entre os anos de 1986 e 1991, num total de 21 números.
A principio, o material publicado na revista era todo da Marvel. Até o número # 13, desfilaram pelas páginas artistas bastante conhecidos dos leitores de super-heróis, como John Buscema, Roy Thomas, John Byrne, Gene Colan, Mike Barr, Bill Mantlo, Paul Gulacy, Frank Miller, Howard Chaykin e outros.
A partir do número # 14, teve inicio uma nova fase, apresentando também artistas nacionais, como Mozart Couto, Watson Portela, Flávio Calazans e outros, além de europeus, entre eles Enrique Breccia, Carlos Trillo, Antonio Segura, Milo Manara, Jorge Zentner, Miguelanxo Prado e José Ortiz. Um timaço, diga-se de passagem.
Do número # 17 em diante, o título passou a ostentar na capa a frase "O melhor do quadrinho mundial", e histórias inéditas continuaram sendo apresentadas.
Aventura e Ficção teve importantes diferenciais, como matérias (entre elas uma história da vida de Kull, no número # 4, e outra sobre o Rei Arthur, no # 5), cartas e a seção HQ News, a partir do número # 17, que apresentava biografia de artistas, novidades dos quadrinhos na Europa, Estados Unidos e Brasil, premiações importantes, mangás e outras informações.
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