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É não é que WE3: Instinto de Sobrevivência é mesmo revolucionário? Parece até um retorno ao saudoso início dos anos 1990, quando HQs fundiam inteligência nos roteiros a ilustrações inovadoras, mudando a cara da nona arte. Aqui, o escritor Grant Morrison e o desenhista Frank Quitely usam e abusam de recursos gráficos e narrativos, como splash pages, geralmente atribuídas a desenhistas vagabundos, de forma genial. As ilustrações de página inteira têm razão de existir, agregam à história, e não são meros recursos para tentar - na maioria das vezes em vão - chocar o leitor. A primeira delas, por exemplo, quando um sujeito é varado por centenas de balas, dá a medida do poder de fogo dos protagonistas do gibi sem mostrá-los.
A trama é uma espécie de Benji pós-ração com ecstasy misturada com E.T., o extraterrestre programado para matar. Nela, o governo estadunidense alterou tecnologicamente um gato, um cachorro e um coelho, transformando-os em máquinas de guerra altamente treinadas. O resultado é o letal WE3, promessa de um futuro sem baixas militares nos confrontos. A história começa quando os responsáveis decidem exterminar os três, já que a opinião pública não aceitaria bem tais monstruosas fofuras. Porém, movidos por um senso de autopreservação, os bichinhos escapam do programa e querem voltar pra casa.
Não é a toa que Hollywood já cresceu os olhos pra cima da HQ e quer transformá-la em filme... da estrutura aos planos, o gibi é praticamente um longa-metragem pré-cozido. Agora é só colocá-lo no forno.
Eu já li essa hq e confesso que depois dela eu nunca mais vi meus bichinhos de estimação com os mesmos olhos...!
ResponderExcluirEsse cachorro não é o líder de segurança da ultima fronteira(acho que é assim) que aparece em NOVA?
ResponderExcluirmuito parecido...